terça-feira, 12 de maio de 2015

Aula: Stock Keeping Unit (SKU) e a Classificação dos itens no Estoque, 12 de maio de 2015.

O que é Stock Keeping Unit ou abreviado SKU?

Um SKU é um identificador usado nos estoques para permitir o seguimento sistemático dos produtos oferecidos aos clientes. Cada SKU identifica uma variante de um artigo, conforme a sua apresentação, tamanho, cor e outras características.

Cada armazém ou CD pode ter o seu método de atribuir os códigos, como base em políticas regionais ou nacionais de armazenagem de dados da empresa.

Fonte: Material didático fornecido pela Universidade Cruzeiro do Sul - Disciplina: Gestão da Demanda dos Estoques - Tecnologia em Logística

Exemplo de Stock Keeping Unit (SKU):



Tipos de Segmentação ou Classificação dos estoques:

  • ABC: Classificação de valores consumidos - Econômico (Acionista)
  • XYZ: Classificação por criticidade - Cliente
  • 123: Classificação por aquisição - Fornecedor
  • PQR: Classificação de popularidade - Processo operacional
  • GUS: Classificação de aplicação - Alocação

CLASSIFICAÇÃO ABC

Fácil de ser utilizada pois envolve um critério objetivo baseado em um método de cálculo.
  1. Multiplica-se o consumo médio do item pelo seu custo d reposição.
  2. Ordenam-se os itens segundo o seu custo em ordem decrescente.
  3. Itens de CLASSE A são os que representam 70% do custo acumulado.
  4. Itens de CLASSE B são os que estão entre 70% à 90% do custo acumulado.
  5. Itens de CLASSE C são os itens que estão entre 90% à 100% do custo acumulado.

CLASSIFICAÇÃO XYZ

Requer julgamento elaborado do analista e envolve uma avaliação caso a caso.

Baseia-se no critério do impacto resultante na falha.
  • CLASSE X: Baixa criticidade.
  • CLASSE Y: Crítico, razoável, transtorno e custo.
  • CLASSE Z: Vital, a falha traz consequências desastrosas. 

CLASSIFICAÇÃO 123

Classificação segundo a disponibilidade no mercado do fornecedor.

Requer julgamento elaborado do analista.

Envolve uma certa subjetividade.
  • CLASSE 1: Itens exclusivos, complexos, de longo lead time.
  • CLASSE 2: Item difícil, mas com alguns fornecedores no mercado.
  • CLASSE 3: Commodities, item de fácil obtenção, muitos fornecedores no mercado.

CLASSIFICAÇÃO PQR

Segmenta-se cada item em três categorias, representada pela  frequência de transações em determinado período de tempo.

A popularidade diz respeito ao número de transações efetuadas no período, independentemente da quantidade envolvida em cada transação.

Popularidade é diferente de GIRO DE ESTOQUES.
  • CLASSE P: Muito popular, elevada frequência de movimentação.
  • CLASSE Q: Média frequência de movimentação.
  • CLASSE R: Baixa popularidade, itens de baixa movimentação, também conhecidos como "slow moving
Deve-se estar atento ao itens de baixa movimentação (slow moving) ou sem movimentação(no moving) no estoque.


CLASSIFICAÇÃO GUS

Classificação com base no fato do item/produto ser comum a vários produtos, vários centros de operação.


Os itens com Classificação G (GERAL) são potenciais itens/produtos para estratégias de armazenagem, visando compartilhamentos de recursos.
  • CLASSE G: Geral utilizado em vários centros de operações ou pontos de consumo.
  • ÚNICA: Usado somente em um centro de operação ou ponto de consumo, em vários produtos.
  • ESPECIFICO: Itens exclusivos de um produto.

Para complementar o conteúdo desse post, iremos deixar um link de um artigo, que fala mais a fundo sobre o Stock Keeping Unit ou abreviado SKU, segue o link abaixo:

ARTIGO SKU


Iremos também, deixar abaixo um vídeo que fala um pouco sobre a Classificação ABC:



O Grupo 9, do Curso Superior de Tecnologia em Logística, agradece a todos os leitores!


Palavras chaves.

*Stock Keeping Unit (SKU)
*Classificação ABC
*Classificação XYZ
*Classificação 123
*Classificação PQR
*Classificação GUS


sexta-feira, 8 de maio de 2015

Aula: Custos de Estoque e Lote Econômico de Compras, 05 de maio de 2015.

Conforme já sabemos, Estoque é um mal necessário dentro de uma empresa, Estoque é dinheiro parado sem previsão de retorno, mas porquê? 

A demanda é incerta, podemos ter "X" produtos estocados, mais não saberemos se esses produtos serão vendidos ou não, é uma incerteza que infelizmente se torna um mau necessário ter um Estoque dentro de uma empresa.


Custos de Estoque - Custo de pedir ou de Obtenção.

O Custo total de um Estoque é definido pelo custo de pedir e o custo de manter.

Ou seja o custo de pedir, é calculado da seguinte maneira:

Custo de pedir = S * D / Q

E o custo de manter é calculado da seguinte maneira:

Custo de manter = I * C * Q / 2

Custo total se denomina pelas seguintes características:

Custo Total = Custo de Pedir + Custo de Manter


Exemplo do custo de pedidos ou de obtenção:



Uma empresa tem uma demanda anual de 2000 unidades, sendo que o abastecimento é feito em lotes de 200 unidades. Sabe-se que o custo para realizar um pedido é de R$50/Pedido.

Qual o custo de pedir ou obtenção?

Custo de pedir = S * D/Q

Parâmetros/informações:

S = R$50/Pedido
D=2000 Unidades/Ano
Q = 200 Unidades (Lote de compra)

Solução:

50 (S) * 2000 (D) = 100000 (S * D) / 200 (Q) = R$500,00/Ano  ← Custo de pedir.


Exemplo do custo de manter um estoque:

Uma empresa tem uma demanda anual de 2000 unidades, sendo que o abastecimento é feito em lotes de 200 unidades. Sabe-se que o custo do item no estoque é de R$10, e que o custo anual para manter os estoques é de 30%.

Qual para manter esse Estoque?

Custo de manter =  I * C * Q / 2

Onde: 

I: Custo de manutenção igual a porcentagem do valor do item (% aa), no caso, 30% ao ano.

C: Valor do item mantido em estoque, em R$ (Reais) ou unidades, no caso R$10,00.

Q: Tamanha de cada pedido de reabastecimento de estoque, em unidades, no caso, 200 unidades.

Solução:

0,30 (I) * 10 (C) * 200 (Q) = 600 / 2 = R$300,00/Ano. ← Custo de manter.


Fonte: Material didático fornecido pela Universidade Cruzeiro do Sul - Disciplina: Gestão da Demanda dos Estoques - Tecnologia em Logística


Quais os custos associados para manter certa quantidade de mercadorias em estoque por um certo período?
  • Custos de armazenagem;
  • Custo de seguro e impostos;
  • Custos de risco do estoque: danos, deterioração e obsolência;
  • Custo de oportunidade de empregar dinheiro em estoque ou custo capital.

Custos fixos administrativos associados ao processo de aquisição das quantidades requeridas para reposição do estoque.
  • Preencher o pedido de compra;
  • Processar o pedido da contabilidade ao almoxarifado;
  • Receber o pedido e verificação contra nota e quantidade física;
  • Tratamento de problemas de qualidade (não conformidades).

Custos da falta de estoques

Custo que se incorre quando um pedido é colocado mas não pode ser preenchido do estoque ao qual o pedido foi designado.
  • Custos de vendas perdidas;
  • Custos de pedidos em aberto: custos adicionais incorridos para atender o pedido em aberto.

Fonte: Material didático fornecido pela Universidade Cruzeiro do Sul - Disciplina: Gestão da Demanda dos Estoques - Tecnologia em Logística.

Custo total de um estoque:

Definido como a soma dos custos de pedir e de manter.




Lote Econômico de Compras (LEC ou EOQ)

O Lote Economico de Compras (LEC) corresponde a quantidade do lote que minimiza o custo total, isto é, o ponto em que o custo de pedir equilibra o custo de manter.

O Lote Econômico de Compras (LEC) é a quantidade a ser comprada que vai minimizar os custos de estocagem e de aquisição.

Formula de calculo do LEC ou EOQ (Lote Econômico de Compras):



Para melhor agregar os conhecimentos passados nesse post, recomendamos acessar os artigos abaixo:

ARTIGO

Deixaremos também um vídeo, explicando como pode ser efetuado o calculo do Lote Econômico de Compras:



O grupo 9, do curso de Tecnologia em Logística, agradece a todos os leitores!!!


Palavras Chaves.

*Custo de pedir ou de obtenção.
*Custo de manter um estoque.
*Custo da falta de estoque.
*Demanda
*Lote Econômico de Compras.









segunda-feira, 4 de maio de 2015

Aula: Calculando a necessidade de ressuprimento, 14 de abril de 2015.

Nesse post, iremos ensinar como efetuar o calculo para prever a necessidade de ressuprimento afim de atender a demanda, sem ter gastos desnecessários possibilitando assim, a excelência no serviço.

O estoque é, sem dúvidas, o coração de qualquer empresa. Se estiver vazio, não haverá produto para entrega, e consequentemente não conseguirá suprir as necessidades do seu cliente. Se estiver abarrotado, as mercadoria ficam paradas e o negócio começa a dar prejuízo.
Fonte: https://www.tsestoque.com.br/blog/index.php/ponto-de-ressuprimento-pr/


Mais como fazer esse calculo?

Iremos explicar, mais para isso, usaremos o exercício que foi passado para nós em sala de aula (Exercício 4B), como forma de exemplo.

No exercício foi proposto o planejamento de estoque do produto XYZ (imagem/tabela abaixo), sendo informado Estoque Final (Ef) do mês Anterior (n-1), a previsão de vendas para o mês seguinte (N), o Recebimento previsto para semana S1 do mês N para pedido feito no mês anterior e o estoque de segurança. 

Determine: Estoque inicial (Ei), Estoque final (Ef), Necessidades (N), os Recebimentos (Rec) e os Pedidos de Compra (PC), para cada semana do mês N, isto é de S1 a S4. Calcule também o estoque médio semanal, o estoque médio mensal e o giro do produto. 

Sabe-se que o tempo de ressuprimento (lead time) do fornecedor desse produto é de 2 semanas. A quantidade mínima de fornecimento é de 1000 unidades, e o lotes devem ser pedidos como múltiplos de 500 unidades.



Para resolver os cálculos que foram pedidos nesse exercício, usaremos as seguintes formulas: 

Ef = Ei + Rec – Vendas

Ei_próximo período = Ef_período anterior

Calculo da Necessidade (N)

Se Ef >= ES, então N = 0

Se Ef < ES, então N = (ES – Ef)

Pedidos de Compras (PC) deverá observar:

PC ≥ Necessidade (N)

PC ≥ Pedido mínimo

PC: deverá ser sempre o múltiplo do pedido mínimo que atenda a Necessidade (N).

Estoque Médio Semanal = (Ei+Ef)/2

Estoque Médio mês = Média dos estoques semanais (soma dos estoques médios/períodos)

Giro do Produto no mês = (Soma das vendas no mês)/Estoque médio do mês


Vejamos então:

Primeiramente, iremos calcular a demanda, afim de saber com exatidão, quando devo fazer a reposição de pedidos e a quantidade necessária para que não tenha gastos desnecessários.

Conforme mostra a tabela, no mês n-1 temos no nosso Estoque Final (Ef) uma quantidade de 2500, logo então saberemos que o nosso Estoque Inicial (Ei) da nossa primeira semana (S1) do mês N será de 2500.

Nos dados fornecidos na nossa tabela, sabemos que, a Demanda (vendas) é de 1500, e nessa mesma semana recebemos uma quantidade de 1000 produtos, que somados ao nosso Estoque Inicial (Ei) ficara igual à 3500.

Portanto, na demanda da primeira semana (S1) é de 1500, e no nosso estoque temos 3500, concluímos então que temos produtos o suficiente para atender essa demanda.

Cálculo: 2500 (Ei) + 1000 (Rec) = 3500 - 1500 (Vendas) = 2000

Conforme calculo efetuado acima, os dados para serem usados na segunda semana (S2) são o Estoque Final (Ef) da primeira semana (S1), que é de 2000. 

iremos então, calcular toda a previsão das vendas (demanda) e vejamos abaixo como irá ficar:



Notamos que na terceira semana (S3) e na quarta semana (S4), ficamos com o estoque negativo, mais é somente assim que saberemos então, o quanto precisaremos em produtos para fazer o pedido.

Vamos voltar na explicação acima:

"
Sabe-se que o tempo de ressuprimento (lead time) do fornecedor desse produto é de 2 semanas. A quantidade mínima de fornecimento é de 1000 unidades, e o lotes devem ser pedidos como múltiplos de 500 unidades."

Para que o nosso estoque não fique negativo na terceira semana (S3) e na quarta semana (S4) devemos fazer o pedido com duas semanas de adiantamento, porquê o lead time do fornecedor é de 2 semanas, e esse fornecedor só entrega a partir de uma quantidade mínima de 1000 produtos com múltiplos de 500. Exemplo: Início => 1000, 1500, 2000, 2500...

Concluindo:

Para que a terceira semana (S3) e a quarta semana (S4) não fiquem com os seus respectivos estoques negativos, precisamos fazer os pedidos na primeira semana (S1) para atender a demanda da terceira semana (S3) e fazer outro pedido na segunda semana (S2) para atender a quarta semana (S4).

Para atender a terceira semana (S3) iremos fazer um pedido na primeira semana (S1) de 2500.

Para atender a quarta semana (S4) iremos fazer um pedido na segunda semana (S2) de 3000.

Iremos então, recalcular a terceira semana (S3) e a quarta semana (S4) da tabela com os novos dados que foram informados. 




Com a tabela toda calculada de forma correta, agora podemos calcular o Estoque Médio Semanal (Ei + Ef / 2), o Estoque Médio Mensal (soma das médias dos estoques de cada semana dividido pelo período, que na nossa tabela são 4) e o Giro do Produto XYZ (Soma das vendas no mês dividido pelo Estoque médio do mês). Vejamos então na imagem acima, o calculo já efetuado.


Concluindo: A reposição dos pedidos dependem da demanda, impactados pela variabilidade da demanda e pelo lead time de ressuprimento.


Para melhor se aprofundar no conhecimento que foi abrangido nesse post, recomendamos que assista o vídeo a seguir:





Recomendamos também, ler o seguinte artigo:


O grupo 9, do curso de Tecnologia em Logística agradece a todos os leitores!!!


Palavras Chaves.

*Necessidade de Ressuprimento
*Demanda (Vendas)
*Estoque Inicial
*Estoque Final
*Estoque Médio
*Giro de Produtos
*Planejamento e Controle de Estoques
*Lead Time